Sobre a UBM
A União Brasileira de Mulheres é uma entidade nacional, sem fins lucrativos, que luta pelos direitos e emancipação das mulheres, visando a construção de um mundo de igualdade contra toda opressão. Encontra-se organizada na maioria dos Estados da Federação através de Entidades próprias filiadas à UBM nacional. Atualmente, está presente em 25 estados e
conta com 3690 filiadas no Cadastro Nacional de Filiação. A UBM é uma entidade ampla que não admite nas suas fileiras nenhum tipo de discriminação,
seja a social, racial e étnica, religiosa, por orientação sexual.
A UBM tem como objetivo lutar, como está expresso em seu Estatuto:
• Contra a opressão de gênero na perspectiva emancipacionista;
• Pelas reivindicações sociais da mulher em relação ao trabalho, combate à violência de
gênero, saúde, direitos sexuais e direitos reprodutivos, educação não discriminatória,
lazer e equipamentos sociais;
• Para que a maternidade seja compreendida na sua função social por toda a sociedade;
• Pela união e participação da mulher ao lado dos demais segmentos da sociedade na
luta por democracia, soberania nacional, pelos direitos sociais, pela paz e por uma nova
sociedade livre de toda opressão e exploração.
Fundada em 1988, a União Brasileira de Mulheres – UBM é uma entidade sem fins lucrativos, de caráter nacional, que defende os direitos e reivindicações das mulheres em relação ao
trabalho e à cidadania, buscando elevar o nível de consciência e atuação política das mulheres para que elas participem na defesa de seus direitos enquanto mulheres, cidadãs e
trabalhadoras. A UBM desenvolve e executa projetos que promovam o conhecimento sobre a situação das mulheres brasileiras, capacitando-as para intervir como sujeitos no processo político, avançar nas conquistas democráticas e conquistar a igualdade de gênero. Atua também com projetos de formação profissional, elaborando material didático e teórico para cursos e seminários sobre temas diversos que possibilitem capacitar as mulheres para o mercado de trabalho e incentivar a sua organização na luta para superar a discriminação, enfrentar a violência cotidiana e conquistar sua autonomia e emancipação numa sociedade de igualdade, justiça social e de paz. Na zona leste de São Paulo/SP (São Mateus e Sapopemba), desenvolveu projeto em parceria com o Ministério da Saúde, instituições e comunidades, formando mulheres donas de casa como multiplicadoras na conscientização sobre as DST ́S e AIDS e acumulando em sua história a promoção de trabalhos junto a mais de 1.500 alunas. Na cidade de Santo André/SP (Capuava), promoveu por 4 (quatro) anos, em parceria com a Prefeitura Municipal, especificamente com a Secretaria de Educação e Formação Profissional, através de seu Departamento de Educação do Trabalhador, a formação integral e continuada de trabalhadoras e trabalhadores, proporcionando o acesso à educação e à elevação da escolaridade, nos ensinos fundamental e médio. Paralelo ao ensino regular, proporcionou formação nos cursos de “Cuidador do Idoso”, “Auxiliar de Desenvolvimento Infantil”, “Agente Comunitário de Saúde”, “Recepcionista na Saúde”, “Cabeleireiro” e “Recreacionista”. Também em Santo André/SP (Jardim do Estádio e Vila Lucinda), realizou voluntariamente três cursos livres nas áreas de atendimento à infância, que atenderam 75 alunas entre janeiro e abril de 2005. No ano de 2007, em parceria com o Departamento de Geração de Trabalho e Renda da Prefeitura Municipal de Santo André, implantou, coordenou e desenvolveu o projeto “Costurando Renda” durante o ano de 2007, onde formou mulheres em situação de risco em cursos de Corte e Costura e Confecção de Acessórios e Bijuterias, com foco na criação de cooperativa de trabalho. Com o apoio da Agência Desenvolvimento & Paz, do Canadá, realizou estudo sobre o “Impacto do Desemprego na Saúde de Homens e Mulheres” em bairros da zona leste e sul de São Paulo/SP e de Vitória/ES. Além disso, oferece e promove outros cursos livres nas áreas de saúde da mulher, políticas públicas, cursos artesanais de feitura de velas decorativas e cestas utilizando papel jornal, além de outras áreas de geração de trabalho e renda. Desenvolveu também trabalho de educação sindical, junto às costureiras, na cidade de João Pessoa - PB, visando fortalecer sua organização e consciência cidadã. A atuação da entidade está articulada com a busca do fortalecimento da cidadania das mulheres e em defesa de seus direitos. Nesse sentido, são desenvolvidos programas de orientação para o trabalho, seguro desemprego e educação profissional, entendida como direitos de todas as cidadãs e cidadãos. Em parceria com o Ministério da Cultura, implantou a “Rede Cultural da Mulher” que compôs quatro Pontos de Cultura, envolvendo as cidades de Santo André/SP, Cabedelo/PB, João Pessoa/PB, Goiânia/GO e Niterói/RJ (Cursos de “Teatro”, “Dança” e “Canto”), na perspectiva de reforço de identidades e construção de cidadania. Na cidade de Curitiba/PR desenvolveu, em parceria com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, o projeto “Cigarras e Formigas: Trabalhando e Fazendo Arte”, que capacitou mão-de-obra feminina não qualificada e de baixa renda, na fabricação de produtos artesanais e contribuindo para o aumento da renda familiar. Em parceria com a Petrobrás realizou, na cidade de Santos/SP, projeto visando a geração de trabalho e renda através da instalação de lavanderia comunitária. Em Niterói e no Rio de Janeiro/RJ desenvolveu a formação e capacitação de mulheres de comunidades de baixa renda em agentes multiplicadoras nas questões de gênero, visando a ampliação da participação nas lutas sociais por saúde, trabalho, geração de renda, combate à violência e acesso às políticas públicas dos governos, garantindo a dimensão política da
consciência e participação para consolidar os direitos humanos, a democracia e a paz. No seu 8o Congresso Nacional, onde participaram cerca de 400 delegadas representantes de
27 estados da federação, reafirmou o objetivo de contribuir para aumentar o protagonismo político das mulheres no que se refere à sua participação nos espaços de poder, na defesa da
saúde das mulheres e dos direitos sexuais e reprodutivos, no campo da cultura e da comunicação, da educação e do trabalho. Desenvolvemos em parceria com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, três projetos: “Fortalecer o Protagonismo no Enfrentamento Contra as Mulheres na Democratização da Mídia” Projeto de defesa da saúde das mulheres negras e da Mulher Gestante e com o Ministério de Cultura o Projeto Rede Cultural da Mulher além de ter realizado um projeto com apoio do Ministério da Saúde: “Ouvir a Mulher: um novo significado à participação” que reuniu mais de 500 mulheres em 5 Estados da Federação. Visando contribuir com as reflexões sobre gênero e educação na Conferência Nacional de
Educação (CONAE, 2014), propusemos e realizamos em conjunto com a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM/PR), com os apoios do Fórum
Nacional de Educação do Ministério da Educação (FNE/MEC), da Secretaria de Estado da Mulher do Distrito Federal (SPM/DF), da Universidade de Brasília (UnB), a Conferência
Nacional Livre de Educação e Gênero nos dias 11 e 12 de novembro de 2013, em Brasília/DF que contou com a presença de cerca de delegadas eleitas para a CONAE, representantes de
movimentos sociais e de órgãos públicos. Nos dias 04, 05 e 06 de junho de 2014, realizaram-se as atividades do 9o Congresso Nacional da União Brasileira de Mulheres – UBM, onde as atividades de oficinas e grupos ocorreram na CTE – Luziânia – GO. Com o tema “Mais Democracia mais Poder para as Mulheres e o Brasil Avançar”, o 9o Congresso se realizou em um processo de lutas pela reafirmação da democracia, dos direitos sociais e dos direitos das mulheres. Realizar o Evento máximo da UBM é fortalecer o sentimento de luta pelas liberdades, contra o capitalismo, o racismo e o patriarcado. Para tanto o 9o Congresso teve como objetivos: Avaliar as conquistas e apontar o rumo para continuar mudando o Brasil, a luta pela implementação de políticas de Estado capazes de contribuir para o exercício do poder político das mulheres, o enfrentamento de todas as formas de violência; para a promoção da igualdade salarial entre homens e mulheres; para a garantia dos direitos sexuais e direitos reprodutivos; para o combate a todas as formas de racismo, homofobia e
intolerância religiosa; para a prevenção, denúncia e punição de crimes de tráfico de mulheres
e escravidão sexual; para a promoção da imagem da mulher real pelos mais diferentes meios de comunicação de massa. Também discutiu as estratégias de luta e a importância da organização da UBM. O Congresso contou com a participação de 332 (trezentos e trinta e duas) delegadas e convidadas (os). No ano de 2015, tomamos a iniciativa de, no processo de mobilização da 15a Conferência Nacional de Saúde, propor a realização, como etapa preparatória uma Conferência Nacional Livre sobre a Saúde das Mulheres, que aconteceu nos dias 23, 24 e 25 de outubro, nas dependências da CONTAG, em Brasília. Afinal, a Conferência foi organizada por 17 entidades feministas e contou com a participação de mais de 80 pessoas. Nesta Conferência Nacional Livre sobre a Saúde da Mulher, a produção das mesas e dos debates foi rica em contribuições e expressou a diversidade na composição das participantes. Também apontou para a necessidade de considerar as especificidades das mulheres em sua diversidade. No ano de 2018, realizamos o 10o Congresso Nacional da União Brasileira de Mulheres – UBM, onde as atividades de oficinas e grupos ocorreram em Salvador/BA, com a presença de mais de 400 mulheres, que elegeu a nossa atual presidenta Vanja Andrea Santos (ver mais detalhes em https://vermelho.org.br/2017/08/07/10 congresso-da-ubm-na-bahia-elege-nova-direcao-da-entidade/ ).Em 2019, dentre várias atividades, a mais marcante foi a participação na Marcha das Margaridas que aconteceu em Brasília, construção de várias entidades dos movimentos
sociais, a qual a UBM constrói desde a sua primeira edição em 2000 (ver mais em https://www.facebook.com/ubmnacional/posts/2406657219611424 ). O ano de 2020 foi um ano muito difícil e desafiador. Com a pandemia de COVID-19, as atividades presenciais foram suspensas. Em fevereiro desse ano, realizamos a nossa última atividade presencial – reunião da Direção Nacional – que adiou o Congresso para agosto do mesmo ano, acreditando que seria possível a retomada no mesmo ano (o que se mostrou impossível). Contudo, a UBM não estagnou. Realizamos inúmeras atividades virtuais nas redes sociais da UBM (Instagram, Facebook e Youtube), entre elas curso de formação política para as eleições de 2020, curso sobre feminismo e curso de comunicação. Foram realizados atos políticos no dia 25 de Julho – dia da mulher negra, latino-americana e caribenha, e no dia 06 de agosto – dia do aniversário da UBM. À nível estadual, os comitês estaduais realizaram plenárias de atualização de suas diretorias, ações de solidariedade e atividades diversas, mantendo a entidade ativa. Em 2021, começamos o ano participando da organização da edição do Fórum Social Mundial, que ocorreu dos dias 23 a 31 de janeiro, realizando 4 mesas e participando de outras 2 realizadas por entidades parceiras. Em março, puxamos junto a outras organizações a Articulação Nacional do 8 de Março, que teve por mote a defesa da vida das mulheres e de
toda a sociedade e contou com adesão de mais de 80 entidades nacionais. No momento, estamos na organização do 11o Congresso Nacional da UBM junto às bases estaduais e
municipais, com data e formato a confirmar. Atualmente a UBM, cumprindo seu papel no Controle Social, participa, através de processo eletivo, nos seguintes espaços públicos de caráter nacional. Conselho Nacional de Saúde; Conselho Nacional dos Direitos da Mulher; Conselho Nacional de Direitos Humanos, Fórum Nacional de Educação, Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação.
Em nosso cotidiano participamos estadual e nacionalmente de organização e participação no 8 de março em vários estados brasileiros, bem como de diferentes espaços, organizações e eventos de caráter nacional e internacional como da coordenação nacional da Marcha das Margaridas. A UBM participa da Federação Democrática Internacional de Mulheres/ FDIM.